Dados do Trabalho

Título

DAPAGLIFLOZINA REDUZ GORDURA VISCERAL E AUMENTA O NIVEL DE ADIPONECTINA QUANDO COMPARADA A GLIBENCLAMIDA, EM PACIENTES COM DIABETES TIPO 2 E ATEROSCLEROSE SUBCLINICA

Introdução

Embora os inibidores de SGLT2 sejam a primeira escolha em pessoas com diabetes tipo 2 e alto risco cardiovascular, o tratamento com sulfonilureia continua sendo amplamente prescrito, devido ao baixo custo e eficácia na redução glicêmica. 

Métodos

Esta é uma análise pré-especificada do estudo ADDENDA-BHS2. Avaliamos pacientes com doença aterosclerótica que foram randomizados para dapagliflozina (n=44) ou glibenclamida (n=45) e realizaram DXA antes e após o tratamento. Os desfechos foram a alteração dos depósitos de gordura, adiponectina, adiponectina/leptina e marcadores pró-inflamatórios.

 

Resultados

Após 12 semanas de tratamento, conforme esperado, os níveis de glicemia de jejum e HbA1c foram equivalentes em ambos os braços (p=0,257 e 0,741, respectivamente). Houve diferenças na mudança de visceral [-130(200) vs +55(253)], androide [-233(260) vs +61(229)], ginoide [-293(323) vs +11(278) ], massas de gordura periférica [-469(768) vs +100(592)] e subcutânea [-57(195) vs -13(181)] (gramas), na relação massa de gordura total pela massa magra total [-0,33 (0,03) vs 0,00(0,026)], adiponectina (ng/mL) [+0,5(6,13) vs -0,3(2,47)], relação adiponectina/leptina [+0,068 (0,28) vs -0,02(0,14)] e HOMA-IR [-1,81(3,59) vs -1,00(2,85)]. Não foram observadas diferenças nos marcadores pró-inflamatórios.
 

Conclusões

O tratamento com dapagliflozina reduz a massa de gordura, melhora a relação da massa de gordura pela massa magra, aumenta a adiponectina, reduz a resistência à insulina, mas não os marcadores pró-inflamatórios, em comparação com a glibenclamida, em pacientes com DM2 com risco cardiovascular alto ou muito alto.

 

Palavras-chave

Área

Pesquisa Clínica